Motovelocidade

Moto Entrevista – Anna Salles #4

Fala Galera, temos mais uma representante do time feminino na SuperBike Brasil (que venham muitooo mais), a piloto cabo-friense (RJ) da equipe Moretti Racing que foi criada em meados de 2015, pelo chefe Octávio Sereno e a piloto Márcia Reis é destaque por incentivar e atuar na inserção de mais mulheres na motovelô.

A piloto entrou neste ‘mundo” por meio do projeto “Vem Para a Pista Mulherada” também de Márcia Reis.

 

Em sua primeira temporada já é a quinta colocada com 55 pontos nas três categorias (Estadual, Nacional e Feminina) uma evolução fantástica para quem só tinha pouca experiência nas pistas. está cada vez está mais requisitada para entrevistas em rádios e outros meios de comunicação, ascensão em todos os sentidos.

 

 

Tive a alegria de encontrá-la no Salão Duas Rodas em SP e conversamos um pouco, é super simpática e atenciosa. Fiz algumas perguntas sobre sua vida e a paixão por motos.

 

1 – De onde surgiu a paixão por motos?

Então, sempre gostei de moto, mas jamais imaginei que essa paixão pudesse ocupar tanto na minha vida assim. Quando tirei carteira foi por questão de precaução e quando fiz meu primeiro curso de pilotagem, vi que realmente seria mais do que só “saber andar de moto”. Meu pai sempre me incentivou muito, então acredito que grande parte dessa paixão herdei dele.

2 – No dia a dia você utiliza moto, qual cilindrada?

Sim, como estou competindo na 500cc, acabei deixando a 600cc para uso. Mas a que mais uso no dia-a-dia é uma motoneta por causa da praticidade.

3 – Além de piloto qual sua profissão?

Sou enfermeira.

4 – Dê uma dica ou sugestão para quem quer começar na motovelocidade.

Não desista se encontrar dificuldades, que são constantes nesse meio. Continue acreditando, treinando e batalhando por isso, que um dia chega lá.

5 – O primeiro tombo a gente nunca esquece, qual foi o seu e onde?

Ah, foi em Londrina, na 5ª etapa do SBK. Cometi um erro na corrida, e acabei indo para o chão, mas graças a Deus sem grandes danos.

6 – Qual foi o seu primeiro passo para se tornar um piloto e qual a maior dificuldade encontrada neste caminho?

Treinar em trackdays é a chave para começar a ver evolução nas pistas, e daí é preciso pesquisar bem, se preparar e conhecer equipes que possam fazer o apoio de box durante as competições. Sem dúvidas, a maior dificuldade é a falta de incentivo, patrocínio nesse meio é bem difícil, e tudo é muito caro nesse esporte. Precisa correr bastante atrás, mas não é impossível de conseguir. 

7 – Como é compartilhar suas experiências nas redes sociais com mais de 36 mil seguidores no instagram e 1100 no youtube.

É maravilhoso poder compartilhar com cada um toda minha trajetória e a troca de experiências é fantástica! Recebo críticas, elogios e respondo a cada um, sou muito grata por conseguir atender a todos, tirar dúvidas e poder incentivar no esporte.

8 -Qual conselho para uma melhor pilotagem você deixaria para os motociclistas que acompanham sua carreira?

Preparo físico e trackday. O preparo com aeróbico, é fundamental para você aguentar o desgaste físico até mesmo nos trackdays. E os trackdays para que venha a evolução na pilotagem que te deixe pronta para encarar uma competição.

9 – Conte um pouco de sua história dentro da motovelocidade, suas principais conquistas e seus objetivos.

Comecei a competir em maio desse ano, na 2ª etapa do SBK e decidi que faria o restante da temporada. Tirando a queda de londrina, subi no pódio em todas as etapas, alcançando resultados ótimos ao longo do fim de semana de cada competição, porque é assim: na sexta são treinos livres cronometrados, sábado os treinos são cronometrados e os resultados de tempo definem a posição que cada um vai largar no grid da corrida de domingo.

10 – Quais são as principais características que um piloto deve ter para um bom desempenho nas corridas?

Tem que ser focado, estudar mesmo! Fui aprendendo ao longo dessas etapas a gravar os treinos e assistir no notebook a noite no hotel, pegar o mapa impresso e refazer a relação de marchas, marcas de frenagem, tudo, para no dia seguinte corrigir os erros e buscar um resultado melhor. 

11 – Como você avalia seu desempenho até o momento na temporada 2017?

Estou muito satisfeita com meus resultados, tendo em vista que é minha primeira vez em várias pistas, conseguindo melhorar bastante meu tempo de sexta até cada corrida. E espero que continue nessa progressiva evolução para melhores resultados na temporada que vem.

12 – O número de sua moto é “4” como escolheu, existe algo especial?

Sim, além de ser o mês do meu nascimento, 4 é também o numeral de um grande ídolo na motovelocidade, o piloto Alexandre Barros, único brasileiro a correr no Moto GP e a ganhar do mito, Valentino Rossi.

13 – Além é claro das cilindradas qual a maior diferença em competir pela 500cc e 600cc ?

São motos totalmente diferentes. Apesar de serem 100 cilindradas de diferença apenas, a potência é muito diferente. Enquanto a 500 chega a no máximo, 50cv, uma 600 pode bater 130cv sem muitas alterações. Então a tocada é completamente diferente.

Pessoal neste próximo domingo (26/11/2017) será disputada a 8ª e ultima etapa do campeonato vale muito a pena (quem puder) ir a Interlagos ou ainda assistir ao vivo pelo site http://www.superbike.com.br/

 

Com certeza a torcida será grande!!!

 

 

VivoComMoto

 

 

 

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